Dra. Natália Junkes Milioli

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    Dra. Natália Junkes Milioli

    25/10/2023

Cuidar da saúde é fundamental! Você acorda e logo toma uma bela xícara de café, acompanhada de bolachas recheadas ou um pãozinho amanteigado com alguma cobertura, como margarina, doce de leite ou até mesmo o famoso pão d’água com presunto e queijo, e corre para o trabalho. Você acaba emendando um compromisso no outro e, quando vê, já são 15h e adivinha? Obviamente não almoçou. Então a solução é passar na padaria/mercado mais próximo e pegar um lanche qualquer. Pronto, passou a fome! Vamos voltar ao trabalho.

Ao final da tarde, cansado (a) e estressado (a), você se deita no sofá e o que vem à mente é fazer uma refeição cheia de gordura. E como se não bastasse, acompanhada de uma cervejinha ou uma taça de vinho, não é? Você pode não se identificar com todas essas refeições, mas acredito que, em parte, todos nós, em algum momento, nos enxergamos. O estresse, o consumo de alimentos ricos em gordura e as escolhas não pensadas ao longo do dia não passam despercebidos, viu?

Quando nossa consciência não reconhece esses hábitos, cabe ao estômago, intestino e fígado nos alertar que algo não vai bem. Nesse momento, costumamos atribuir a culpa à gastrite, recorrer à automedicação e seguir em frente, mas infelizmente, chega um momento em que a conta se faz presente. A soma de todos esses hábitos é capaz de desequilibrar nossa flora intestinal e afetar o funcionamento do trato gastrointestinal, que, assim como suas refeições, se torna um caos. Esse estilo de vida pode favorecer o surgimento da síndrome do intestino irritável, disbiose, supercrescimento bacteriano, dispepsia, esteatose hepática, constipação, entre outros problemas.

Dicas para melhorar sua saúde digestiva

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Veja, não estou dizendo que a jornada é fácil, nem que teremos que comer só alface (sem exageros, afinal, sou defensora do equilíbrio), mas que o caminho não está em múltiplos medicamentos e em doses cada vez maiores. A solução encontra-se em alinhar vários aspectos da sua vida, incluindo a alimentação, e, por vezes, nesse processo, a ajudinha de tratamentos farmacológicos individualizados e por um período de tempo pré-determinado, se possível.

Então, vamos assumir as rédeas de nossa vida e, junto ao seu médico, pensar em formas de construir uma rotina mais saudável que te poupe de incômodos gastrointestinais, bem como de efeitos deletérios para a sua saúde a longo prazo. Combinado?

Sendo assim, aqui vão algumas dicas:

  • Comece reduzindo frituras, bebidas açucaradas e alimentos embutidos e dê espaço para refeições completas e simples, como arroz, carnes magras, ovos, folhas, vegetais, frutas… Preparar os alimentos no dia anterior pode ajudar nessa tarefa.
  • Alimente-se em horários específicos e tente priorizar o momento da refeição. Muitas vezes, não é possível estar em um ambiente agradável, mas procure, ao menos, não conciliar nenhuma outra tarefa durante a refeição. Tenha esse momento apenas para sentir os sabores e identificar a sensação de saciedade.
  • Aumente a ingestão de água ao longo do dia (frequentemente esquecemos deste item).
  • Tente incluir alguma atividade física na sua rotina. Não precisa passar horas na academia, vamos devagar. Uma caminhada de 40 minutos 3x por semana já pode ser um começo e vai ajudar seu intestino a funcionar melhor.
  • Troque o ‘só mais um episódio’, ‘só mais um capítulo’ da sua série ou novela de TV por mais horas de sono (e aqui a quantidade varia, mas idealmente 7-8 horas).
  • Monte um diário alimentar e anote as principais refeições e a presença ou não de sintomas naquele dia. Isso irá facilitar a identificação de grupos alimentares envolvidos em determinadas intolerâncias.
  • Reduza o consumo de bebidas alcoólicas

Muito difícil? Lembre-se, um passo por vez! Estabeleça pequenas metas alcançáveis na sua rotina e garanto que você notará importante melhora na sua saúde gastrointestinal e qualidade de vida.  Não deixa para amanhã. Comece hoje. Até a próxima.

Natália Junkes Milioli – Doctoralia.com.br

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2 respostas

  1. Ja faço tudo isso ha anos e não adianta. To desesperada. Se deixar fico 7 dias sem menor vontade de ir.
    Começo a não querer comer pq a sensação de empanzinada é constante.

    1. Olá Cristina! Antes de tudo obrigada pelo comentário. A constipação é uma condição de saúde que envolve muitos fatores, desde doenças sistêmicas que podem prejudicar o funcionamento do intestino como o diabetes e o hipotireoidismo, até qualidade de sono, hábitos alimentares, estado emocional, questões genéticas, entre outros! Se você busca ter uma vida ativa, com alimentação consciente e consumo regular de água e ainda assim permanece constipada é hora de procurar ajuda médica para investigar e tratar este problema, sem dúvidas.

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